Poucos sabem que as contribuições do INSS mudaram devido à Reforma da Previdência, valendo para aqueles que trabalham na iniciativa privada e também aos servidores públicos federais.
A diferença é sentida já há algum tempo. As mudanças nos recolhimentos começaram no dia 01/03/2020 e vale até os dias de hoje.
Também é fato que, segundo a Tabela INSS 2023 com dedução, as contribuições devidas pelos trabalhadores vão reduzir consideravelmente, para reduzir discrepâncias e desequilíbrios entre as diferentes faixas de renda.
O que mudou na contribuição do INSS?
A Reforma da Previdência trouxe uma mudança na forma de contribuição, tornando-a mais justa. Agora, quem recebe menos também contribui menos, enquanto quem recebe mais contribui proporcionalmente mais.
Isso significa que, se você tem um salário alto, terá condições de contribuir mais para o INSS do que alguém com um salário mínimo, por exemplo.
Essa mudança é válida porque seria injusto cobrar o mesmo valor de contribuição de uma pessoa que recebe R$1.500,00 por mês e outra que recebe R$5.000,00. Com a nova forma de contribuição, a primeira pessoa não precisará pagar um valor tão alto, o que garantirá que ela tenha condições de se manter com os seus ganhos.
Enquanto isso, a segunda pessoa contribuirá com uma quantia maior, já que recebe mais, mas ainda assim terá uma quantia significativa para suas despesas mensais.
Como calcular o valor das minhas contribuições?
Vamos explicar como funciona o cálculo da contribuição previdenciária com as novas regras após a Reforma da Previdência. Suponha que você ganhe R$ 2.700 por mês em 2023 e contribua para o INSS. Para calcular sua contribuição, você precisa seguir alguns passos.
- até R$ 1.302,00: alíquota de 7,5%
- de R$ 1.302,01 até R$ 2.571,29: alíquota de 9%
- de R$ 2.571,30 até R$ 3.856,94: alíquota de 12%
- de R$ 3.856,95 até R$ 7,507,49: alíquota de 14%
Primeiro, identifique a faixa salarial em que você se encontra. Nesse caso (R$ 2.700,00), é a terceira faixa, com alíquota de 12%. Em seguida, aplique a alíquota da primeira faixa (7,5%) ao valor do salário mínimo para obter R$ 97,65.
Aplique a alíquota da segunda faixa (9%) à diferença entre R$ 1.302 e R$ 2.571,29 (R$ 1.269,28) para obter R$ 114,23.
Para a terceira faixa, subtraia os valores que já foram aplicados e aplique a alíquota de 12% ao restante. No exemplo, R$ 2.700 – R$ 2.571,28 = R$ 128,72.
Aplique a alíquota de 12% a R$ 128,72 para obter R$ 15,45. Some os valores de cada faixa (R$ 97,65 + R$ 114,23 + R$ 15,45) para obter R$ 227,33 de contribuição.
Para calcular a alíquota efetiva, divida o valor da contribuição pelo valor do salário (R$ 227,33 / R$ 2.700) para obter 8,419%. A alíquota efetiva é a porcentagem que incide diretamente no seu salário.
Segundo consulta a tabela do INSS, as novas alíquotas começaram a valer a partir de 1° de março de 2020. E também é importante lembrar-se que essas contribuições, antes da Reforma, só estavam valendo até o dia 29/02/2020. Consulte a seguir: